Assim como na música da gaiola das popozudas e no filme Bad Biology, a resenha de hoje mostra que muitas outras mulheres
tem força lá... No íntimo. Caros leitores machinhos: guardem seus instrumentos
dentro da cueca, por que hoje o prazer pode ser sinônimo de dor, não importa o
quanto você se prepare, nunca estará pronto para a Vagina Assassina.
A vagina assassina
Força na xoxota
Título original: Kiseichuu: kiraapusshii / Sexual parasite: KillerPussy
Lançamento: 2004 (Japão)Duração: 60 minutos
Direção: Takao Nakano
Vocês não sabem como é bom aqui dentro!
“Mas agora que eu tô aqui não quero parar
Molhado e quentinho depois de uns beijinhos
Eu quero entrar em ação”
(Velhas virgens)
Um
grupo de amigos - três garotas e dois garotos - estão viajando pelo Japão
quando de repente a gasolina acaba (jura?) e, como o celular também não
funciona (sério?), a única solução acaba sendo andar em busca de um telefone
público. Após algum tempo, eles encontram uma porta e decidem passar a noite
lá, mesmo com um aviso “não entre” estampado por ali. Tudo estava muito
divertido, muito bonito, até uma das garotas ser atacada pelo parasita “Namazu”,
mais conhecido como “vagina dentada”.
Parasita de xana (Made in Brazil)
“Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor pra te encantar
Passar a noite em claro dentro de ti...”
(Fagner)
A
primeira coisa que você pensa quando o filme começa é: “QUE PORRA É ESSA?”,
algo um tanto comum em filmes orientais.
- Por quê?
Simples: o filme começa na
floresta amazônica. Sim, isso mesmo que você leu amiguinho, parte do filme se
passa em terras tupiniquins. Um grupo de pesquisadores japoneses está na
floresta procurando pelo “Aparache no Mogeto”, um peixe conhecido por ter o
poder de “rasgar a terra” (não interprete literalmente, e sim maliciosamente).
Após capturar o tão raro animal e prendê-lo numa caixa de isopor mais vagabunda
que aquelas que você usa pra colocar cerveja quando vai à praia, um “índio”
(com roupas vermelhas e pretas feitas de couro e metal, dignas de escola de
samba, com uns quatro dentes na boca, chifres, entre outras características
bizarras...) aparece e taca o puteiro dizendo que o tal bicho é muito perigoso,
e que as pessoas devem ficar longe dele, coisas assim. Ocorre que com a
confusão, o animal acaba libertando-se e adentra no buraco da pesquisadora.
Medo.
Assim como grande parte dos filmes
trash, após essa primeira cena, somos levados para o período no qual o filme
realmente ocorre e apresentados aos verdadeiros protagonistas.
Após a gasolina acabar, o sinal
não funcionar e todo aquele blábláblá que costumamos ver em milhões de filmes
do gênero, os personagens acabam encontrando um lugar onde procurar um telefone,
entretanto, ao invés de entrar e explorar o lugar atrás do aparelho, que era o
objetivo inicial, eles entram e, antes de qualquer coisa, já decidem que vão
passar a noite ali. Algo engraçado é que logo que entram as garotas já vão
tirando um pouco da roupa para ficar mais a vontade (biquíni e roupas
coladinhas para destacar toda a simpatia das garotas), como se isso fosse super
natural. A partir daí a ação se desenrola
conforme os personagens passeiam pelo lugar. Um casal decide dar uma olhada no
lugar e acaba descobrindo um frigorífico onde há uma mulher “contaminada”
congelada. E como bem sabemos dos personagens de filmes de terror, eles são
burros a ponto de deixar a porta aberta e facilitar a tragédia. Além disso,
acabam também descobrindo uma banheira/hidromassagem – Detalhe: por alguma
razão a hidro já esta cheia e com água quente. Enfim, vamos relevar esses
detalhes. Porém, durante o banho uma das garotas acaba sendo possuída pelo
parasita.
Mas antes de passar pra discussão
do filme deixe-me ilustrar a cena: uma japonesa, com mamas gigantes está
ensaboando-se enquanto canta “se você está feliz bata palma (clapclap), se você
está feliz bata palma (clapclap)” com aquela voz de menininhas de anime. E toda
vez que ela bate palma ela deixa a bucha cair no chão (isso umas três vezes),
ela nem faz o esforço de tentar segurar ou apoiar na perna, deixar cair é mais
legal.
“Eu vou te dar um papo
Vê se para de gracinha
Eu dô pra quem quiser
Que a porra da buceta é minha”
(Gaiola das popozudas)
Antes que a garota fosse
“possuída” notávamos que ela, apesar de sensual, tinha uma personalidade
infantil e parecia inocente: cantava musicas de criança e até mesmo sua voz era
bastante similar a personagens de animes. Assim que o parasita se aloca nela, porém,
seu comportamento muda: sua voz fica mais séria... Apesar disso, ela passa a preferir
usar o corpo pra falar (se é que você me entende) e acaba seduzindo um dos garotos
para que ele a siga para outro aposento - novo detalhe: enquanto a moça anda,
vai excretando uma espécie de esperma com textura de gorgonzola (ou algo do
tipo) e não pense que é pouco. Em seguida, deita em uma tábua e eles começam a
brincar e... Como era de se esperar, quando a minhoquinha do menino invade a
toquinha da menina a cobrinha que estava morando ali - CRAW. Ele perde o
pipi... E a cabeça.
Não entendeu? Então veja o filme.
(Explicando o óbvio: a o monstro
que está alojado em sua xaninha passa a tomar controle de seu corpo.)
Aqui, a questão que podemos abrir aqui é: quantas
garotas não são controladas pela própria xoxota?
Tenham calma, leitores e leitoras,
não quero dizer que sua namorada ou você tenha um parasita comedor de pênis
dentro de você, porém que infelizmente (ou felizmente) existem muitas pessoas hoje
controladas pelo sexo. Não estou me referindo apenas a genitálias, mas ao sexo
como um todo. Caros leitores ingênuos: mulheres não colocam silicone porque as deixam
mais inteligentes, simpáticas ou outra característica que não seja física; elas
colocam silicone por que querem ficar mais sensuais. Que fique claro: não estou
criticando quem coloca silicone ou faz outras cirurgias plásticas, na verdade, não
vejo problema nenhum em querer dar um upgrade no visual. Até eu mesmo costumo
abrir aqueles e-mails de aumente seu pê... Enfim, deixa pra lá.
O ponto que quero discutir aqui é
que, sendo a favor ou contra isso, é difícil dizer que nossa sociedade não é
controlada pelo sexo. Bundas e peitos pra todos os lados, seja nas ruas, nos
shoppings, na TV, nas revistas e todo o resto, academias, cirurgias cada vez
mais populares, indústria de cosmético crescem como nunca, entre outras coisas
que vemos por aí. Não se trata apenas de pirocas e xoxotas, mas de toda a
sensualidade envolvida nas relações sociais diárias, que, inclusive, não
envolvem necessariamente ato sexual. Logo, por mais que tentemos negar e nos
rebelar contra isso, de um jeito ou de outro estamos participando dessa grande
brincadeira (aliás, algo que discutimos bastante na resenha de Universidade do Prazer).
Ademais, nós do Café
gostamos de parecer inteligentes e de abrir milhões de discussões em filmes
ruins que nem sempre tem propostas muito claras (ou mesmo qualquer proposta), por
isso, se você acha que estou forçando demais a barra, pode cair pra cima, mané!
Uma coisa interessante de se notar
é que os dois garotos do filme são aqueles bobões estereotipados que só pensam
em sacanagem, mas que parecem nunca ter visto um peitinho. Mesmo as garotas,
apesar de lindas, também se mostram bem inocentes quando tiram a roupa. No entanto,
quando são penetradas pelo parasita elas se tornam muito mais fortes e sensuais,
perdendo toda aquela infantilidade demonstrada anteriormente. Se nos
esforçarmos muito um pouco, poderemos ver o parasita como um tipo de
amadurecimento da menina o qual a deixa muito mais fatal e muda seu
relacionamento com os homens, que permanecem infantis (é fácil ver isso
diariamente, quer dizer, garotas que já parecem adultas enquanto garotos da
mesma idade ainda jogam Pokémon... Tipo eu).
Quando anteriormente afirmei que
muitas pessoas são controladas pelo sexo, não quis dizer isso apenas
metaforicamente; é literal mesmo. Quantas vezes não vemos mulheres fazendo de
tudo para ficarem mais sensuais? Quantas vezes não vemos homens fazendo
besteiras astronômicas por causa do tesão?
Creio que hoje o sexo deixou de
ser apenas uma forma de se reproduzir – hereges! - ou lazer, transformando-se num
tipo de patologia social. Você é menos homem se tiver peru pequeno ou menos mulher
se não tiver peito ou bunda. Inclusive, muitas vezes acabamos sendo
preconceituosos quando vemos pessoas que acabam fazendo de tudo para atingir os
padrões sexuais perfeitos, entretanto, esquecemo-nos de ver que tudo aquilo
pode não ter sido uma vontade própria, mas uma imposição do meio.
Outra coisa que dá pra notar bem
no filme é que as garotas não ficam mais poderosas apenas quando recebem o
parasita, contudo também quando se sentem ameaçadas por aquelas que estão
“infectadas”. Mesmo não participando daquilo, elas se sentem obrigadas a
confrontar aquelas que se mostram mais fortes.
Ainda acha que vaginas assassinas
só existem em filme?
É bonitinha,
mas... Tem uma maquininha de fazer xixi assassina.
(Valesca)
“Vagina assassina” falha em tudo -
roteiro, atuação, efeitos especiais, direção, trilha sonora e o resto – com
exceção da diversão e dos peitinhos. O filme é tão ruim tecnicamente que logo
no inicio alguém diz que o lugar está chovendo e com nevoa, porém, quando olhamos,vemos
que está um dia normal com um pouco de sol.
No todo, é um filme que não
consigo classificar se é um soft porn com pitadas de trash ou um trash com boas
doses de porn: vemos peitos gigantes em grande parte das cenas e há várias
cenas de sexo ou insinuações, mesmo com o filme tendo menos de sessenta minutos
no total. Apesar disso, ele compensa no gore com muitas Tripas de fora, sangue,
desmembramentos, nojeiras, etc. Sei que isso você vai curtir.
E a xoxota?
“Killer pussy” é um filme que apesar de ficar
entre o soft porn e o soft gore, me parece ser uma obra que não vai agradar
todo mundo. Como boa parte dos filmes japoneses... Bem, espere para ver coisas
extremamente bizarras.
No
geral, ele tem uma trama simples, cheia de clichês e cenas
bizarras/inusitadas daquele gênero que apenas o cinema oriental consegue. Mesmo
sendo curto, acho que o tempo é mais que suficiente, pois um pouco mais que
isso já o tornaria cansativo para o que se propõe.
Confesso que me diverti bastante
assistindo ao filme, com isso, digo que se você gosta de cinema trash e já está
acostumado com as loucuras cinematográficas dos japoneses, eis um filme que
vale a pena ser assistido. O máximo que você perderá são sessenta minutos da
sua vidinha triste. Portanto, caso o trash te agrade, mas você prefira os
ocidentais, recomendo procurar algo diferente desse aqui. Pode ser até mesmo “A
vagina dentada (Teeth)” (que logo mais será resenhado pelo Café com Tripas). Todavia, se
você não gosta de cinema trash e muito menos de trash oriental... QUE BUCETA
VOCÊ TA FAZENDO AQUI?
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