terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Literatura: Maldito (André Barcinski)


               É verdade que o Café com Tripas tieta bastante José Mojica Marins. Como vocês já devem saber, este blogue possui um panteão próprio e não tem vergonha de exaltá-lo, contudo, é verdade também que Mojica é um ótimo diretor circundado de preconceitos bestas que fazem com que as pessoas nunca cheguem à sua obra, sendo que a necessidade de limpar esses entulhos tem sido uma das bandeiras mais velhas deste blogue.
               É por isso que Maldito é um livraço (ou seria livrasso?): ao destrinchar a vida, maracutaias, filmes, derrotas e vitórias desse diretor fascinante, o livro apresenta toda a complexidade de um diretor extraordinário que, infelizmente, na cabeça de muita gente, não é mais que um personagem bobo que viram na TV. De sua infância nos bairros proletários de São Paulo até o reconhecimento tardio de sua obra, Mojica é apresentado em suas várias facetas que, no todo, dão uma boa dimensão desse  patrimônio vivo (embora velhinho) do cinema nacional.
               Clique aí no link e venha descobrir um pouco mais a respeito dele.




            “Isso aqui não é um roteiro, Mojica — disse Honório — São só uns rabiscos! Cade a divisão de planos? Cadê os diálogos?
               Ele tinha razão. Aquilo realmente não era um roteiro.
               Mojica havia, sim, pensado numa história, nos diálogos e até nos movimentos de câmera, mas o problema é que guardara tudo em sua cabeça. O que estava ali nas mãos de Honório não era um roteiro normal, mas o que Mojica acreditava ser um roteiro. E só ele mesmo poderia achar algum sentido naqueles rabiscos incompreensíveis. Mojica não sabia o que era um plano americano ou um contra-plongée; plano sequência para ele era grego. Seus roteiros não tinham diálogo, apenas instruções curtas sobre cada cena:
               Cena 1: Jaime rouba o banco.
               Cena 2: Policial persegue Jaime.
               E só. Todo o resto — diálogo, posicionamento de câmera, movimentação dos atores — era improvisado na hora. Era assim que ele fazia cinema desde adolescente. Nunca havia tido uma aula ou alguém que lhe explicasse as técnicas de produção de filme. Aprendera tudo por conta própria, e só sabia fazer as coisas do seu modo.


Um maldito entre os malditos

Título original: Zé do caixão — Maldito
Autor: André Barcinski
Ano: 2015
Editora: Dark side
Páginas: 666 (!)
               Quando a palavra “maldito” é associada a algum artista do passado em algumas descrições banais que encontramos por aí, ela geralmente vem carrega de todo um charme que acaba servindo mais como elogio que como um estigma. Gostar de Baudelaire, Rimbaud, Augusto dos Anjos e outros nomeados assim pega bem, pois eles seriam artistas transgressores, contrários a cultura vigente e conhecedores de verdades subterrâneas não muito divulgadas. Quer dizer, eles são malditos, mas é como se fossem mesmo blasé e bons de cama ame-os.
               Já quando se trata de José Mojica, alguém cujas obras não podemos acessar com aquele distanciamento de autor já morto e consagrado, a coisa é um bocado diferente, pois mesmo hoje continua sendo feio gostar desse diretor, ver seus filmes ou reconhecer seu talento. Conversar com as pessoas a seu respeito continua requerendo que respondamos questões do tipo: “mas, afinal, por que você vê os filmes desse cara?”, “Ele tem algum filme bom?”. Assim, José Mojica é um maldito no sentido mais puro do termo: aquele que não tem o reconhecimento devido em seu próprio tempo, que é desconsiderado por muitos e, é claro, que fala de coisas sombrias e nada chiques em suas obras. Imagino que era exatamente assim que acontecia com aqueles literatos em suas respectivas épocas e, quem sabe, no futuro talvez até seja “cool” assistir Ritual dos sádicos naqueles eventos cinematográficos na Avenida Paulista. Sei lá. O que importa é que nós temos hoje meios para sair desses preconceitos tontos e acessar o cinema de Mojica, aproveitando tudo o que ele tem a oferecer. Se algum dia as outras pessoas vão descobrir ou não o quanto foram bestas ignorando Mojica, o problema é delas.
               Por isso, caso você tenha interesse nesse diretor e não tenha ideia de que filme ver para começar, aqui no Café já fizemos várias resenhas do trabalho dele que você pode ler para escolher o que assistir, mas se você não estiver com paciência para ler e quiser ir direto para um filme que seja seguramente bom, recomendo que comece com À meia noite levarei sua alma que não tem erro, depois vá descobrindo os demais.



José Mojica, o popular

               Quando se fala de cultura popular é bem comum que se deixe de ressaltar que existem vários tipos de artistas que, tendo entre si muito mais diferenças que semelhanças, mesmo assim recebem o igual título de artistas populares. Sendo bem geral e grosseiro, alguns desses artistas são algo como “produtos de mídia altamente rentáveis” que usam formas populares de expressão mas sobrevivem sobretudo porque vendem e geram dinheiro para quem os patrocina e mantém sua presença nas mídias (pagando por isso, é claro), mas existem também outros que, independentemente de seu sucesso comercial, tendem a sobreviver na cultura porque tem um valor estético admirável, sendo aquilo de melhor que um povo pode produzir. Obviamente, há sempre discussões sobre quem está de um lado ou de outro da cerca ou mesmo se essa cerca existe e não é tudo a mesma coisa, porém, o fato é que há uma espécie de bom senso que nos impede de aceitar que todos são iguais e entram no mesmo balaio. Jogar Tom Jobim e Wesley Safadão no mesmo balaio parece um disparate.
               A meu ver, o caso de Mojica é bem singular em relação a isso, pois não é fácil alocá-lo nem de um lado, nem do outro, muito menos no centro, pois ele não é uma peça sofisticada da cultura, embora suas filmes tenham uma sofisticação própria que é interessantíssima, nem é também um simples produto de massas feito pra embotá-la com estímulos idiotas, pois há pensamento e proposta ali, ainda que seus filmes sejam nitidamente “do populacho para o populacho”. Ele está tão perto do Cartola quanto está de “A banheira do Gugu”, sendo que não dá para transformá-lo num gênio do cinema sem notar sua rusticidade, sua grosseria e limitação, ao mesmo tempo que tais coisas nunca estão lá sem talento e brilho, sendo sempre amostra de uma mente capaz que sabe o que está fazendo.
               Sendo assim, não é de se estranhar que as críticas que analisam as obras de Mojica sempre oscilaram entre caracterizá-lo ora como um bruto, ora como um gênio, duas interpretações polarizadas. Particularmente, acho que não é o caso de escolhermos um lado e muito menos uma posição intermediária, dizendo que ele não é nem lá nem cá, mas apenas de levarmos em consideração que a obra de Mojica tem todos esses aspectos o de gênio, o de bruto, de charlatão, de cineasta inovador, etc — e que eles se misturam de formas nem sempre harmônicas e equilibradas. A realidade é mais complexa que nossos esquemas teóricos e, por mais que criemos conceitos para enlaçar as coisas, elas são escorregadias o bastante para escapar deles. O caso de Mojica é assim: às vezes, queremos dizer que ele é só um cineasta de filmes simplórios e curiosos, às vezes, vem a vontade de fazer como Glauber Rocha que se levantava no meio das sessões de À meia noite levarei teu cadáver e gritava enlouquecido “esse homem é um gênio”.


Uma vida no cinema brasileiro

               Para quem não sabe ainda, essa biografia acabou dando origem à uma série televisiva chamada Zé do Caixão que, aliás, nós aqui do Café recomendamos tanto para quem tem quanto para quem não tem interesse no livro; ela é excelente e dá uma boa ideia da personalidade controversa de Mojica, embora seja muito menos completa que o livro e trate somente da vida adulta do diretor, misturando algumas coisas para que o formato televisivo funcione melhor. Achei o resultado muito bonito, pois dá uma boa dimensão tanto de Mojica como diretor quanto de Matheus Nachtergaele — que o interpreta — como ator. Ambos são magníficos no que fazem.
               Como ressaltei, no entanto, o livro é imensamente mais completo que a série e começa sua narrativa bem antes do nascimento de José, descrevendo a vinda dos espanhóis ao solo brasileiro no começo do século passado e a ocupação do bairro do Brás, o que não toma muito tempo e é bastante interessante (principalmente para quem mora aqui em SP ou tem interesse em História do Brasil), seguindo um pouco pela vida dos antepassados de Mojica e por fim a dele mesmo. Para a sorte do leitor, toda essa história é muito legal, quero dizer, é legal mesmo, desde a história dos pais e avós de Mojica até suas maluquices publicitárias e toda a história de como ele foi descoberto nos EUA, digamos assim, “no auge de sua decadência”. Foi o melhor livro que li este ano, se é que essa frase serve para descrever minha empolgação com a obra.
               O motivo disso tudo é que não só a vida de José é muito interessante desde que ele era criança, pois felizmente para nós leitores, sua vocação como cineasta aparece rapidamente em sua vida e não esperamos muito para ler sobre cinema, como também dialoga com um período e com questões muito ricas que vão desde arte popular quanto a censura no tempo da ditadura. Aqueles que apreciam a história do cinema nacional são presenteados com uma descrição da trajetória de Mojica na área que por si mesma é bem interessante, mas também com várias informações a respeito do próprio cinema brasileiro no século passado. Ao longo do livro, vamos descobrindo quem eram os cineastas, os atores, produtores e profissionais envolvidos com o cinema na época, e também como eram as salas de exibição, a forma de distribuição das fitas, os filmes que mais vendiam, de onde vinha o financiamento e assim por diante sem tecnicismos chatos. Além disso, como a obra segue cronologicamente a vida de seu biografado, também seguimos década a década o desenrolar do cinema brasileiro dentro daquela classe de profissionais em que Mojica se encaixava, os populares sem nenhum tostão quer dizer, como era fazer cinema sem dinheiro? Como foi durante a ditadura? E quando a censura começou a vetar as obras, como os cineastas se viraram? Por que a pornochanchada fez tanto sucesso (e como Mojica foi parar nela)? Como surgiu o pornô no cinema brasileiro e como Mojica foi parar nele? De fato, essas questões não são o centro do livro e nem são respondidas de forma muito extensa já que não se trata de um livro de história ou sociologia, porém elas perpassam a vida de Mojica e por isso são tocadas na medida certa, algo que, ao meno no meu caso, acabou me dando um grande interesse de ler mais sobre o período (aliás, quem tiver indicações, ponham aí nos comentários).


De José a Josefel

               O percurso de José Mojica, um menino descendente de espanhóis que saiu da escola e começou a fazer cinema dentro de um galinheiro, até se tornar o famoso Zé do Caixão é rico e interessante. Como os leitores deste blogue já sabem, Mojica teve uma formação precária tanto como diretor quanto como cidadão, tendo feito apenas algumas séries do primário e aprendido sobre cinema apenas vendo filmes ou experimentando. Por conta disso, suas obras exprimem esse imaginário das pessoas simples, sendo repletas de sexo, violência, crimes e tramas que em grande parte advém daqueles produtos consumidos avidamente pela massa, como gibis, filmes western baratos e outras coisas assim, não sendo por outro outro motivo que elas apresentam cortes bruscos de uma cena para a outra, por exemplo, ou tem closes dramáticos nos olhos dos personagens como num gibi. De igual maneira, a própria figura de Mojica, que fala com um português fere a gramática o tempo todo e não tem grandes teorias da arte cinematográfica para recitar e embelezar entrevistas, não permite esconder sua origem pobre.
               Por isso, não é estranho como em diversas passagens do livro acompanhamos o desprezo que as pessoas apresentam contra ele e contra sua “falta de cultura”. Por vezes, esse desprezo vem junto a boas críticas aos seus filmes, ao passo que outras vezes as críticas são só uma desculpa para exprimir esse desprezo, de modo que nem sempre é claro quando alguém está realmente fazendo uma coisa ou outra. Particularmente, tirando aquelas pessoas que são nitidamente cretinas e desprezam tudo o que é povo e pobreza, acho mesmo difícil avaliar seriamente os filmes desse diretor, afinal, ao mesmo tempo em que ele produz obras numa tradição consagrada, o cinema, essas obras ferem o tempo todo essa tradição, pisoteando suas regras, ignorando suas convenções, mas não porque Mojica seja tão conhecedor do cinema que o subverta de dentro, como sei lá, um James Joyce ou um Godart, porém justamente porque ele não foi formado por essa tradição de uma maneira convencional, tendo a conhecido de um modo próprio que era improvisado e autodidata.  
               O livro apresenta certo percurso de aprendizado de Mojica no qual ele vai descobrindo um estilo próprio de criar o qual aqueles que estão ao seu redor vão se integrando também. Vários profissionais se recusaram a trabalhar com o diretor, já que ele não fazia nada como eles esperavam, não tinha roteiros, trabalhava com atores amadores, não conhecia o vocabulário próprio da área e tal, mas mesmo assim ele acabou encontrando não só uma equipe própria, adaptada ao seu modo de criar, como também profissionais que não tinham problema em aprender seu processo criativo. Aliás, essa é uma parte bem bacana do livro, pois era muito fácil desprezar Mojica, muita gente fazia isso, consequentemente, quando vamos tomando contato com pessoas que não agiam assim e que estavam dispostas a ter com ele, é bonito notar que nem todo o mundo segue os preconceitos, as escrotices de sua época.
               Para quem pouco conhece sobre Mojica, o livro faz questão de enfatizar o longo caminho cinematográfico e de vida percorrido pelo diretor antes da estreia de A meia noite levarei sua alma (1964), que é o filme que muda definitivamente sua carreira por fazer surgir o icônico Zé do caixão. O sucesso estrondoso do personagem fez com que, pouco a pouco, a imagem de Mojica ficasse atrelada irreversivelmente a ele e até o apague como diretor, algo que já discutimos várias vezes aqui no blogue, contudo, creio que uma das melhores coisas da biografia nesse sentido é mostrar o quanto Mojica é muito maior que Zé do caixão. Na verdade, a biografia escancara isso. Como o personagem se tornou muito conhecido e gerou um bom dinheiro ao seu criador, Mojica fez muito uso dele para se promover, além disso, como o diretor ficou marcado pela censura e impedido de fazer cinema, recorrer ao seu personagem foi um dos únicos recursos que ele encontrou para se sustentar nos piores anos de sua vida. A maior parte do fim da obra mostra esse período de decadência de Mojica, em que ele passou a fazer trabalhos encomendados porque Ritual dos sádicos ficou retido na censura e ninguém mais desejava investir em seus filmes com medo de que eles não fossem lançados. Com isso, ele aceitou todo tipo de trabalho por um salário de fome, sendo animador de festa, atração de programas de auditório, fazendo apresentações nas Noites de Terror do Playcenter enquanto as pessoas riam da cara dele e coisas degradantes de todo tipo. Aliás, a imagem que eu tinha de Zé do Caixão durante a maior parte de minha vida veio desse período: o Zé do caixão folclórico e ridículo das aparições na TV. Confesso que nessa parte do livro me senti amargo acompanhando a miséria daquele homem ele era um ser humano incrível e eu ri dele. Zé do caixão é uma face diminuta de um grande diretor, por isso, ao mostrar não só tudo aquilo que ele realizou, as formas como driblava a própria precariedade de sua circunstância e coisas assim, a biografia ilumina um Mojica que está bem além do pouco que sabemos a respeito dele.


Devo abrir esse livro de maldições?

               Dentre um monte de coisas que eu não disse sobre a obra, tem algo que eu gostaria de ressaltar que é o seguinte: Maldito é um livro engraçado pra caramba. Não vou contar nada e estragar nenhuma piada, leiam o livro e se divirtam, mas imaginem que Mojica fazia testes para ator procurando pessoas com, digamos assim, “habilidades freaks” (engolir espadas, comer insetos, deslocar membros do lugar depois pôr de volta) e que esses testes estão descritos no livro, ou mesmo que ele entrava em trocentas maracutaias envolvendo dinheiro, mas também que ele oferecia papéis em seus filmes para subornar autoridades e fazer com que elas permitissem que o filme rodasse mesmo quando envolvia algum, digamos assim, “entrave legal”, ou que ele fez cinema num tempo anterior àqueles cuidados com os animais que temos hoje, usando cobras, aranhas e outros animais em seus filmes com uma segurança precária que rendeu histórias magníficas, sendo também precursor do “sexo canino com penetração” (!) no cinema brasileiro. Muitos momentos desses fazem com que queiramos pegar o diretor no colo e consolá-lo de tão burro que ele era por fazer certas coisas e perder dinheiro, ser enganado por charlatães mequetrefes, porém, às vezes, Mojica fazia coisas que davam vontade de montar um altar para ele em casa e rezar em seu nome pedindo favores. Meio gênio, meio xucro, mas sempre surpreendente, a trajetória do diretor é fascinante.
               Maldito narra sua vida até um pouco depois de Encarnação do demônio (2008), seu último feito cinematográfico. Lembro que quando o filme foi lançado li numa entrevista em que ele dizia ter ido a uma reunião com Lula para pedir ajuda para o filme, recebendo em troca um milhão de financiamento “nunca vi tanto dinheiro” foi o que Mojica disse sobre o financiamento. Particularmente, fiquei muito triste com isso, pois não só o orçamento era pequeno com relação a qualquer produção cinematográfica da atualidade e também com relação à própria importância de Mojica no cinema brasileiro, como também era deprimente saber que nenhum filme de Mojica até então teve um orçamento nesse valor. Pelo visto, não será em vida que ele receberá um amplo reconhecimento, o que é uma pena. Particularmente, eu não me sinto nem um pouco privilegiado por ser parte de um grupo pequeno que aprecia o diretor. Seria muito melhor que nós tivéssemos mais pessoas com quem conversar a respeito dele.
               Apesar disso, hoje em dia há muito mais acesso ao que ele produziu e tanto o youtube (com vários filmes) quanto essa biografia estão aí para quem quiser saber mais a seu respeito.
               Gentileza da parceria aqui do blogue com a editora Darkside, a edição que recebi aqui em casa é a segunda, salvo engano, e recebeu uma pequena engordada de conteúdo com relação à primeira, contando com um capítulo extra e uma lista muito legal das obras e participações de Mojica em filmes, livros, gibis, curtas e tal. Já na parte gráfica, cada capítulo conta com muitas fotos relacionadas a cada período de Mojica e um trabalho primoroso de capa e páginas, fazendo com que o livro pareça uma bíblia de satanás que conta com curiosas 666 páginas. Sem dúvida nenhuma, esse é o melhor livro do catálogo da Dark Side e o maior acerto da editora até agora. Beijo no coração canceroso dela por conta disso.
               Por fim, como vocês sabem, Mojica é um dos ídolos deste blogue e um ídolo pessoal meu,  mas o Café recomenda fortemente a leitura desse livro como nenhum outro por motivos que independem dessa preferência. Maldito contém uma pesquisa muito consistente e uma escrita simples e bem agradável de ler, além disso, contém um trabalho gráfico primoroso que suscita todo um clima gostoso de ler sobre uma época que, embora não tenhamos vivido, traz saudades. Como não poderia deixar de ser, seu biografado é uma caixinha de surpresas daquelas em que um palhaço encapetado segurando uma faca sai para fora quando você a abre.  Estejam preparados, mas não evitem essa experiência. 

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