Você se considera uma pessoa
normal? Eu não digo quanto aos seus gostos pessoais e a sua constante tentativa
de pagar de diferentão/diferentona, já que, querendo ou não, por mais que você
acredite ser um individuo único, todos acreditamos nisso. Você pode assistir os
filmes iranianos e se gabar por não assistir blockbusters ou ficar
buscando bandas desconhecidas da Islândia só pra falar que tem gostos
diferenciados, mas no fundo todos somos seres patéticos buscando e forçando uma
individualidade que não existe. Agora repetindo a pergunta, você é normal?
Tipo... você tem um rabo? No lugar da boca você tem um cu (literalmente)? Você
nasceu de uma cadela? Tem chifres saindo do mamilo?
Não? Então você deve ser tão
normal e sem graça quanto a gente.
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Título original: Pieles
Lançamento: 2017
Duração: 77 minutos
Direção: Eduardo Casanova
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Peles é uma compilação de mini
histórias sobre pessoas que possuem uma característica em comum: “deformidades”.
Vivendo em um mundo cada vez mais afetado pela estética, esses personagens
precisam encontrar meios de sobreviver e se relacionar com uma sociedade que
nunca esteve disposta a abraçar o diferente, seja na questão física ou
psicológica. Apesar de dramas e situações tão diferentes, o caminho dessas pessoas
acabam se cruzando e mostrando que beleza e normalidade são uma mera questão de
perspectiva.
Deformidades?
Bom,
vamos lá. Peles é um filme difícil, incômodo e delicado, então abordá-lo
e resenhá-lo é um tanto quanto complicado porque envolve temas sensíveis e que
podem acabar ofendendo alguém, o que não é a intenção. Nesta resenha eu vou
seguir a linha do filme para escrever a resenha, ou seja, discutir os mais
diversos assuntos a partir desses personagens que são discriminados das mais
diversas formas e, na maioria das vezes, acabam não tendo poder sobre as suas
próprias características. Além disso, durante a resenha, eu vou usar a palavra
“deformidade” pra me referir a esses personagens, pois apesar dela ser uma
palavra um tanto agressiva, acho que ela exprime bem a visão de fora pra dentro
que o filme quer passar — independentemente da característica, qualquer coisa que fuja
da normalidade acaba sendo tratado como
um tipo de aberração pela pessoas ditas “normais”. Seja uma pessoa com o
cu na boca ou, até mesmo, alguém que está acima do peso aceitável socialmente.
Então
se você se sentir incomodado, bem, é justamente essa a intenção. Peles
não é o tipo de filmes pra ficarmos indiferente, não dá pra tratar esse tipo de
assunto de uma forma relevante sem dar umas porradas na cara do
expectador. Por isso, peço desculpa caso
eu soe desrespeitoso em algum momento, mas não peço desculpa caso você fique
incomodado com os nossos podres.
Beleza?
Já faz um bom tempo que assisti Peles,
mas eu lembro que logo no início do filme eu já estava pensando: “Eu preciso resenhar esse filme pro Café”.
Acontece, entretanto, que eu sou um grande procrastinador e acabei enrolando
mais do que deveria pra conversar um pouco sobre esse filme maravilindo, mas
antes tarde do que nunca e agora estou eu aqui pra falar sobre ele. Afinal, já
faz um tempinho que não falamos sobre filme aqui no blog e eu queria trazer um
filme realmente bom e que dialogasse bem com nossa proposta. Então vamos lá.
Assim como Magnolia, Crash,
11:14 e outros filmes, Peles segue a mesma estrutura de contar
diversas história isoladamente, mas que aos poucos vão se interligando umas nas
outras e abrangendo a narrativa e as discussões presentes. Aqui todas essas
histórias vão compartilhar de um ponto em comum: a deformidade de um
personagem. A partir disso, o filme trabalha não apenas como isso afeta a vida
do protagonista sob diversos aspectos, mas também como as pessoas ditas normais
lidam com aquilo que foge dos padrões. Ou seja, apesar do filme trabalhar com
alguns personagens que beiram o fantástico, a obra é uma grande reflexão
interna e externa sobre aquilo que é considerado normal/anormal dentro de uma
sociedade.
A primeira personagem a ser
apresentada é Laura, uma garota que nasceu sem os olhos. Devido a sua condição,
desde criança, ela vive em um bordel, sendo submetida a se prostituir pra não
ser expulsa do único lugar que conhece. A seguir, vamos conhecer Samantha, uma
adolescente que vive isolada da sociedade por ter nascido com o cu no lugar da
boca e a boca no lugar do cu. Ana, uma mulher com o rosto deformado que, apesar
da sua aparência não se adequar ao padrão, vive em um constante processo de
autoaceitação e está envolvida em um triângulo amoroso. Vanessa é uma mulher com
nanismo que está passando por diversas dificuldades sociais com sua gravidez,
principalmente em seu trabalho como mascote de um programa infantil. Por fim,
conhecemos Cristian, um garoto que não reconhece as próprias pernas, ele
acredita que as pernas não são deles e é impelido à automutilação, tendo o
desejo de arrancá-las do corpo.
Apesar desses serem os
protagonistas, existirão outros personagens importantes para história, cada um
com suas singularidades e dramas.
Sofrimento
de berço
O
filme começa com um homem conversando com uma senhora nua, esfregando logo de
cara a intenção do diretor na fuça do espectador. Essa senhora está mostrando
um álbum de fotografia pra esse homem, sendo que aos poucos vai ficando claro
que ela é uma cafetina oferecendo seus “produtos”. Percebendo a reticência do
homem, ela vai percebendo que aquele homem tem preferênciais por crianças,
apesar de tentar lutar contra isso. Mas como uma boa comerciante, ela tem
aquilo que seu cliente precisa — Laura, uma menina que nasceu sem os olhos.
Sim,
em menos de cinco minutos o filme já está discutindo pedofilia e, apesar de não
aprofundar no tema, é bem interessante como o diretor aborda a questão, porque
ele não apresenta o homem como um monstro, mas sim como alguém confuso tentando
lutar contra seus ímpetos (algo parecido com o que o Lars faz no Ninfomanica
- parte 2).
A discussão continua até que alguém de fora acaba estimulando o personagem a
fazer aquilo com a desculpa de que é melhor fazer naquele ambiente do que na
sociedade, abrindo a primeira discussão do filme. Segundo a velha, algumas
pessoas nasceram para sofrer - por nunca conhecerem outra realidade, elas não
podem sonhar com outra vida. Resumindo bem a vida de Laura: por nascer dentro
daquela realidade, sem olhos e sem informações sobre o exterior ela acabou se
acostumando com o que tem e, de certo modo, acaba tendo medo de acabar com
aquilo, já que não conhece outra coisa além do seu quarto. Ela se apega aquela
vida por pior que seja.
Parafraseando
Dinho Ouro Preto “o que você faz quando ninguém te vê fazendo ou o que você
queria fazer se ninguém pudesse te ver”, podemos abordar tanto a questão da
Laura quando essa ideia de “melhor fazer aqui, mesmo que seja crime, do que na
sociedade”. Laura é uma garota cega, ou seja, apesar de ter relações sexuais
com “os clientes” ela não os vê, ou
melhor, os clientes não são vistos, algo que faz ela ser ainda mais atrativa
para algumas pessoas, tanto para o pedófilo que quer se esconder e não quer ser
visto, quanto para pessoas que possuem algum tipo de coisa da qual se
envergonhe e não quer ser julgada. Então a Laura acaba servindo de escape pros
crimes ou frustrações que as pessoas têm na sociedade e acabam descontando na garota.
Aliás, algo semelhante a ideia do filme Albergue, mas sem as varias
mortes.
Essa
ideia fica ainda mais clara quando em determinado ponto do filme ela fala que
todos os “clientes” querem tocá-la, mas ela não pode tocar em nenhum deles,
mostrando ainda mais esse afastamento que as pessoas querem ter dela, para
serem ainda menos reconhecidos e não deixarem seus vestígios, continuando
invisíveis.
O luxo da deformidade
Indo
pra outra personagem, mas sem fugir muito do tema, um assunto que irá permear a
história é a ideia da deformidade como um “artigo de luxo” ou de diferenciação,
não pra quem sofre com ela, mas pro outro. Explico melhor, no filme a
personagem Ana vive em um triângulo amoroso com dois homens: seu “namorado” e
seu amante, um homem que teve o rosto deformado por queimaduras (pelo menos é o
que dá a entender). A partir desse triângulo, o diretor questiona os nossos
valores, nossa superficialidade e a forma como tratamos o outro, porque fica
claro que o seu “namorado” dá muito mais valor pra sua condição do que pra sua
essência, ou seja, a deformidade de Ana é um fetiche seu. Por mais que ele
esteja disposto a largar varias coisas para investir nesse relacionamento, ele
parte muito mais da sua vontade de se relacionar com alguém que satisfaça suas
taras que por um amor real a outra pessoa.
Já,
por outro lado, o seu relacionamento com o amante, que tem condições parecidas
com a sua, parece muito concreto e bilateral, porque ambos se entendem e
compartilham algumas vivências; um não trata o outro como fetiche. Pelo menos
isso é o que você como expectador sente em um primeiro momento, contudo, com o
decorrer do filme, vamos vendo que isso acaba sendo tão injusto quanto a outra
relação, afinal eles se juntam devido a características físicas semelhantes que
não se enquadram em um padrão, e não por ser algo realmente natural. Tanto é
assim que existe uma constante tensão entre os dois porque ela está feliz do
jeito que é, aceita o seu rosto e suas características físicas, ao passo que
ele é infeliz com isso; se tivesse oportunidade de ter um rosto “normal” não
pensaria duas vezes. Algo que incomoda Ana, afinal, se o seu amante tem
problema de aceitar a própria aparência, como ele se sente em relação a
aparência dela?
É
claro que essa breve pincelada que eu dei já abre diversas outras questões como
necessidade de se enquadrar em uma estética, autoaceitação e tal, porém, o foco
aqui é justamente a dificuldade mostrada pelo filme de uma pessoa com alguma
deformidade entrar em uma relação horizontal com outra pessoa, visto que ela
geralmente vai ser condicionada por alguns fatores que não estariam presentes
nas relações "tradicionais".
Do
inicio ao fim, o filme vai reforçar as dificuldades que essas personagens têm
não apenas de se relacionar com os outros, mas, principalmente, de serem
reduzidas a sua deformidade. Elas deixam de ser vistas como pessoas e passam a
ser vistas pelas suas características físicas/psicológicas, e em alguns casos,
perdem o direito até sobre seu próprio corpo.
Deficiência como entretenimento
Um outro tema bem interessante tratado na obra é o uso da
deficiência de uma pessoa como entretenimento. No filme há uma personagem com
nanismo, e ela trabalha como mascote de um famoso programa infantil devido ao
seu tamanho. Apesar de ter relativo sucesso e boas condições financeiras, a
personagem está em um momento de crise, afinal ela está grávida, algo que ela
sempre sonhou, mas a sua condição está começando a complicar o seu trabalho:
ela começa a engordar, a roupa começa a não servir mais, já não tem disposição
pra continuar, está cansada do emprego, etc. Sendo constantemente pressionada
pelo seu empresário e pelo diretor do programa, ela se vê cada vez mais presa
na sua condição, afinal seu nanismo impede os outros de olharem pra ela como
uma mulher com desejos e vontades. Para os outros ela é apenas alguém que cabe
dentro da fantasia para satisfazer as necessidades do show business.
De certo modo, a personagem acaba
não tendo posse total sobre o seu corpo, afinal, os outros estão sempre a dizer
o que fazer ou não fazer e seu papel
social já está traçado. Suas escolhas acabam sendo sempre reprimidas, não
apenas pela indústria do entretenimento, mas pela sociedade em geral. Caso ela
não tivesse nanismo será que as coisas também seriam assim? É claro que pra mulheres
em geral, principalmente as que trabalham em cinema e TV, existe muita pressão
em relação a corpo, o medo de perder papéis e tudo o mais, contudo, ainda assim
a gravidez ainda é vista de uma forma “positiva” (claro que existem exceções),
afinal que mulher nunca escutou perguntas sobre filhos, algo estigmatizado até.
No entanto, enquanto as mulheres são socialmente estimuladas a terem filhos, a
mulher com nanismo sofre uma constante censura, existindo uma mensagem
explícita reduzindo seu papel como mulher e focando apenas na sua condição
física. Sempre existe a possibilidade dela dar continuidade ao nanismo com seu
filho, algo que uma sociedade padrão desestimula fortemente. O anão/anã é
adorável enquanto ele está nos divertindo com sua condição, mas a partir do
momento que eles buscam ter uma vida semelhante as pessoas de estatura normal,
as coisas mudam.
Por mais triste que seja, é algo
que já está intrínseco no estereótipo que fazemos dessas pessoas. Se você parar
pra pensar em quantas pessoas com nanismo você conhece, você provavelmente vai
pensar em personagens de programas de humor que usam de sua condição para tirar
risadas de pessoas “normais” como nós, não?
Cu
e boca, boca e cu
A personagem mais curiosa de todo o filme é Samantha, uma garota
que nasceu o cu no lugar da boca e a boca no lugar do cu. Apesar do diretor
apelar pra uma abordagem mais fantástica no arco dessa personagem, ele consegue
entrar em diversas questões interessantes, muitas vezes utilizando de um humor
culposo, em que você ri de uma situação vivenciada pela personagem e logo
depois se sente culpado.
Num primeiro momento, existe a
questão da reclusão: por toda a vida Samantha viveu isolada morando sozinha com
o pai e sem contato direto com a sociedade, e mesmo quando tem contato ela
tenta disfarçar a sua deformidade. O pai justifica essa reclusão como uma forma
de proteção a filha, pois o mundo é cruel e uma pessoa com essas
características iria acabar sofrendo. Por outro lado, esse isolamento impede a
personagem de ter contatos sociais, por mais difíceis que possam ser,
restringindo sua vida ao pequeno espaço da sua casa. Então de certa forma, esse
isolamento não é por ela, mas sim pra não “ofender” as pessoas normais,
mantendo o seu cu na escuridão para não abalar o status quo. Um exemplo bem
claro disso é quando a garota cria uma conta no instagram e ao postar a
primeira selfie acaba recebendo uma mensagem “sua foto foi apagada devido ao
conteúdo improprio”. Mesmo podendo gerar múltiplas interpretações, fica claro
que a sua aparência é ofensiva e, independente das suas vontades e sonhos, ela
precisa aceitar sua condição. Esse conflito desencadeia frustração atrás de
frustração em Samantha, afinal não é possível viver em uma sociedade baseada em
aparência se você não se enquadra nem nas definições básicas de beleza
estipulada.
Criando um contraponto a essa
ideia de aparência, existe Cristian, um jovem que, diferentemente de Samantha,
nasceu fisicamente normal, entretanto, ele rejeita o próprio corpo por
acreditar que suas pernas não são suas, tendo o desejo de cortá-las fora. Além
de criar esse contraponto com outros personagens, ele também serve pra mostrar
que as questões são muito mais complexas que deformidades físicas. Na verdade,
essas deformidades são os menores dos problemas. A grande questão que deveria
ser questionada é justamente o modo como as pessoas ditas normais abraçam
aqueles que de alguma forma fogem do padrão esperado, seja física ou
mentalmente.
Existem milhões de assuntos que
podemos discutir e aprofundar a partir do filme, mas como você já deve ter
percebido, mesmo tendo diversos personagens, cada um com uma história e traumas
próprios. Todos os problemas acabam partindo não dessas pessoas, mas sim da
sociedade em que elas estão inseridas. Fica claro em todas essas personagens
que a única coisa que elas desejam e serem vistas e respeitadas como as outras
pessoas “normais” e não serem reduzidas a sua deformidade, sem ter seu papel
social definidos antes mesmo de sua existência.
Devo
parar de julgar o amiguinho ?
Sim,
somos todas pessoas lindas independente de nossas características físicas, e
mesmo não se enquadrando em algum modelo pré estabelecido, todos somos seres
humanos que merecem respeito, amor e filmes trash. Anotaram crianças?
Além
de todas as discussões levantadas, uma das coisas que mais chamam a atenção do
filme é a sua fotografia, gerando a todo o momento o contraste com os
personagens incomuns. As cores rosa e violeta predominam do inicio ao fim, e
isso é interessante porque é um dos poucos filmes que tentam tratar de assuntos
tão sérios de um jeito tão bonito que chega a ser fofo, você poderia muito bem
colocar a Barbie naqueles cenários que funcionaria muito bem.
Quando pensamos em filmes que tratam de pessoas
com alguma deficiência ou deformidade, eles sempre acabam assumindo um tom mais
pesado, que não deixa de ser uma forma de discussão também, contudo, não é
porque uma pessoa possui determinada característica que ela precisa ser
retratada de um jeito triste. Deste modo, a estética do filme é tão importante
quanto a história que ele conta, afinal existe um diálogo, o impacto seria
totalmente se o diretor partisse pro convencional e utilizasse de uma
ambientação mais sóbria.
Enfim,
Peles é um filme recomendado pra todo mundo que se interesse por filmes
diferentes e que tratam de questões sociais relevantes. Apesar da sua estética
bonita, é um filme pesado e que vai te fazer refletir sobre diversas questões
referentes ao tema central. O filme está disponível no Netflix, então faça um
favor pra você mesmo e vá agora assistir, e depois pode voltar aqui pra
discutirmos mais sobre os traumas deixados por ele.
Trailer
Acabei de cair de paraquedas no blog e já curti o texto.
ResponderExcluirClicando no "jóinha".
Opa, valeu!
ExcluirAdorei seu texto, parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirEu amei esse filme e essa resenha. É realmente muito lindo visualmente e um tapa na cara.. não tenho nenhuma deformidade e nem me acho tão feia mas me identifiquei tanto c a samantha.. xorei...xorei..
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirValeu pela resenha cara!
ResponderExcluirMuito obrigado, Incas Marcianos.
ExcluirGente... fui chamada de louca por pessoas q eu falei pra ver o filme... porem eu tive a mesma visão e percepção que o crítico desse blog!!! E estou feliz com isso... pois apesar de toda bizarrice eu entendi a mensagem q foi passada.
ResponderExcluirMuito obrigado, Erika. Nossa proposta aqui é tentar ressaltar que essas obras, mesmo sendo bizarras, possuem significados. Fico feliz que tenha gostado do que fizemos aqui.
ExcluirGosto de filmes diferentões e mais ainda das mensagens... a cor rosa e lilá em demasia já foi a primeira coisa que me deixou incomodada, incomodo é todo o filme pq são coisas que chocam e que não queremos ver ou ser incomodados rs. O ser humano nas suas diversas facetas... no mais profundo dos seus id, egos, traumas e taras! Parabéns para o criador desse filme! Espanhois tem essa mania que costumo dizer mania Nelson Rodrigues "a vida como ela é!"...nua e crua!
ResponderExcluirAmeii seu texto, eu até tentei assistir esse filme mais a primeira cena já me chocou o fato daquela criança está em um prostíbulo,não vi a condição dela pela deficiência visual mais a vi como criança inocente e pura.
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluir